Identificar
as fases da República Velha – Militar e Oligárquica. Fase Militar: A
fase em que os militares ocuparam a
liderança política do país também ficou conhecida como a República da
Espada. Com a derrubada do governo
monárquico foi constituído um governo provisório chefiado pelo marechal Deodoro
da Fonseca. O Governo Provisório tomou algumas medidas importantes
tais como a separação oficial entre a Igreja e o Estado, acabando com o regime
do Padroado (a Igreja obteve autonomia e liberdade para tomar decisões
relativas a questões religiosas e administrativas); a instituição do casamento
civil e a criação da bandeira republicana com o lema "Ordem e Progresso". Logo se
iniciou a disputa do poder entre Militares e a Oligarquia. As oligarquias e Deodoro disputaram o poder, até que Deodoro foi eleito na presidência
e as oligarquias reagiram e colocou Floriano como vice. Houve tensões e
conflitos dos dois lados, ate que Deodoro renunciou. A constituição falava que
quando um presidente abdica em menos de um ano novas eleições seriam feitas (as
oligarquias sabiam disso, por isso que colocaram Floriano como vice, só pra
fazer Deodoro sair do poder antes pra acontecer novas eleições e finalmente
eles (oligarquias) subirem no poder). Floriano não aceitou isso e continuou no
poder. Fase Oligárquica: Nas eleições de
1894 Prudente de Moraes foi eleito.
Aristocrata paulista e representante da elite cafeicultora, sua posse como
primeiro presidente civil encerrou o período de ascendência militar sobre o
governo da República Velha e marca o início de um longo período de predomínio
dos civis no poder. Os anos que vão de 1894 a 1930 correspondem à fase em que
os grandes proprietários de terra detiveram o poder político em defesa de seus
interesses dando origem à denominação de República Oligárquica.
Características
da política dos governadores. O presidente apoiava os governadores estaduais e seus aliados e em troca
eles garantiam a eleição para o congresso dos candidatos oficiais. Isso
garantia a continuidade das grandes famílias (oligarquias) no poder. Era uma
troca entre os governantes estaduais e o Governo Federal. Esta troca funcionava
graças: à Comissão de Verificação (aceitação dos resultados era feita através
desta comissão) e ao Coronelismo.
Identificar os motivos das Revoltas
Populares (movimentos sociais). Vacina, Contestado e Canudos. - Revolta da Vacina (foi quando, durante a reurbanização do Rio, o prefeito mandou vacinarem
todos os cidadãos devido às doenças que haviam se tornado epidemias. A reação
popular não era exatamente contra a vacinação, mas contra o fato de ser
obrigatória. Afirmavam que os aplicadores eram violentos e os soros pouco
confiáveis. Os motins desorganizados formados depredavam bens públicos e
roubavam armamentos e dinamite. Chegou ao fim quando a policia, o exercito, a
guarda nacional e a marinha agiram. Houveram mortes, pessoas feridas e presas.
Depois disso a vacina deixou de ser obrigatória e mestiços, negros e pobres
expulsos da cidade);
- Guerra dos Canudos (foi
uma revolta messiânica – onde o líder era religioso – e nela o líder Antônio
Conselheiro criticava o governo republicano, pois com a república o Estado não
seria religioso, o juiz seria a autoridade máxima, e não Deus. Antonio levava
consigo as pessoas (consequentemente os votos), o que fazia com que os coronéis
ficassem sem os votos, não sendo possível a Política dos Governadores nem a
Política do Café com Leite. O Estado brasileiro mandou 3 expedições para
destruir Canudos, mas se retiraram antes do fim da guerra. Na 4ª expedição os
conselheiristas foram mortos, a cidade destruída e Antônio Conselheiro morto);
- Guerra do Contestado: foi uma reação popular à miséria que atacava o campo. O
Brasil se tornara um país onde muitos países queriam investimentos,
principalmente a Inglaterra e os EUA. Os americanos concluíram uma estrada de
ferro que ligava o RS a SP, mas de repente muitos trabalhadores se viram sem
emprego, dinheiro e comida, por que para a construção da estrada eles
expulsaram os donos e os que trabalhavam naquelas terras. José Maria, um monge,
criou um grupo (Quadro Santo) que as pessoas seguiam, defendendo o fim da
República. Poucos do exercito foram enviados para exterminar esse grupo: na
primeira expedição fugiram; na segunda o exercito foi derrotado; na terceira
fugiram; na quarta o exército foi derrotado. Novas expedições foram enviadas,
mas apenas a oitava obteve vitoria sobre os sertanejos. Nos campos os pobres
continuariam lutando por terras e nas cidades eclodiram revoltas e motins para
melhores condições de vida.
Definição/Características
do Coronelismo. Iniciou-se na republica velha e era controlado e comandado pelos coronéis.
Eles fraudavam as eleições, compravam o voto e manipulavam as pessoas para
votarem neles. (explica melhor esse coronelismo http://www.coladaweb.com/historia-do-brasil/coronelismo).
Caracterizar:
Coronelismo, voto de cabresto, política do café com leite, movimento tenentista
e política dos governadores. Voto de Cabresto: o sistema eleitoral era muito frágil e
fácil de ser manipulado. Os coronéis compravam votos para seus candidatos ou
trocavam votos por bens matérias (pares de sapatos, óculos, alimentos etc.);
Fraude eleitoral: os coronéis
costumam alterar votos, sumir com urnas e até mesmo patrocinavam a prática do
voto fantasma;
Política do
café-com-leite:
revezamento de MG e SP no poder, o que mantinha sempre essas duas oligarquias no poder, não
dando chance aos outros estados (MA, PR, BA etc).
Política dos Governadores: assegurava o domínio da máquina administrativa (da
administração do país) por um único grupo. Assim evitava o confronto e
impedia-se o revezamento de forças no poder.
Movimento Tenentista: movimentos
iniciados pelo militares. Eles estavam contra a política Oligárquica e
insatisfeitos com as condições do exercito; queria derrubar o governo, então
iniciaram-se os movimentos:
- 18 do Forte: 18 militares marcharam no
calçadão, próximo ao forte de Copacabana com a intenção de os outros militares
pegarem suas armas e se unirem ao movimento. Ninguém reagiu e os 18 foram
presos;
- Levante (1924): em conseqüência aos 18 do
Forte os militares agiram e tomaram o poder de SP. Para os militares revoltosos
se renderem eles pedirem a assinatura de um acordo: renúncia do presidente,
instalação de um governo provisório, novas eleições e perdão aos 18 do forte e
a eles mesmos. O governo federal não aceitou a proposta os revoltosos decidiram
deixar SP. Quando finalmente deixaram o local, os estados de AM, SE e MG já
haviam iniciado rebeliões contra o café com leite;
- Coluna Prestes (continuação de 1924): saíram
de SP e foram para Foz do Iguaçu. Lá se protegiam no Paraguai caso tentassem
prendê-los. Saíram do Sul e subiram para o Nordeste para conseguir apoio e
derrubar MG. Varias tropas se uniram para combater esse movimento, mostrando
a disposição do governo e dos latifundiários em eliminar esse foco de rebelião.
O exército, as policias estaduais, jagunçoa dos coronéis e eventualmente
cangaceiros participaram do combate à Coluna Prestes.
Relacionar:
cangaço, padre Cícero e a coluna Prestes. A Coluna Preste
foi um dos movimentos Tenentistas para derrubar a política do Café com Leite,
onde os militares, depois de tirarem SP do poder, foram para o Paraguai para
não ser possível a prisão deles. Depois disso viajaram para o Nordeste para
conseguir apoio para invadir MG para derrubar seu poder e pôr um fim definitivo
na Política do Café com Leite. Quando chegaram lá no nordeste encontraram os
cangaceiros, e estes receberam armamentos dos fazendeiros de Juazeiro, para que
combatessem a Coluna Prestes. Os tenentistas foram derrotados e não conseguiram
derrubar o governo vigente.
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