Páginas

domingo, 7 de outubro de 2012

Estudo dirigido da obra



(não está completo, mas ajuda...)

Estudo dirigido da obra
          “Um Rio Chamado Tempo, uma Casa Chamada Terra”.

1. Qual a importância e peso do autor Mia Couto? Ele é importante na escrita sobre a vida e costumes no continente africano. Já ganhou prêmios pelas obras feitas e tem um livro que foi considerado um dos melhores livros africanos do século XX.

2. Que outras obras já escreveu? Como se relacionam? Terra Sonâmbula, E se o Obama Fosse Africano?, entre outros. Os livros de Mia Couto se relacionam sendo a maioria de tema africano, falando sobre aspectos africanos, sobre a situação e vida naquele continente.

3. Qual a situação atual da África? A África sobrevive ao total abandono. AIDS: Nove em cada dez portadores do HIV no mundo são africanos. A doença já atingiu 34 milhões de pessoas, das quais 11,5 milhões morreram. GUERRAS: Mais de 20 países africanos estão envolvidos em conflitos armados, com alguns se arrastando há décadas. SUBDESENVOLVIMENTO: Dos 174 países cujo IDH foi medido pela ONU, a África não tem nenhum entre os 45 do grupo mais desenvolvido. Entre os 94 de índice médio, apenas 12 são africanos. Por outro lado, no grupo dos 35 menos desenvolvidos, 29 pertencem ao continente. REFUGIADOS: São 6,3 milhões no continente, correspondendo a um terço do total mundial, para uma região que abriga apenas 13% da população do planeta. FUGA DE CÉREBROS: Mais de 260 mil profissionais qualificados africanos trabalham nos Estados Unidos e na Europa.

4. Onde a historia se passa? Em Luar-do-Chão, Moçambique pós-colonial.

5. Qual a principal: origem, caráter, história, família, riquezas, dúvidas?

6. Quais as características dos personagens secundários?
Abstinêncio: filho mais velho do velho Mariano, era um tipo “magro por timidez: para ser menos visto” e apresentado como uma pessoa que “se dobrava, fazendo vênia no torto e no direito”.

Fulano Malta: segundo filho de Mariano, era um ex-guerrilheiro que havia lutado na guerra contra o colonialismo. Fulano é uma personagem que se por um lado lutou pelos ideais de libertação que acreditava, por outro ansiava por conhecer mais os costumes do povo que vivia no continente.

Ultímio: filho mais novo de Mariano, é um representante do novo governo. Guiado pela cobiça, ele vê Luar-do-Chão como um negócio lucrativo, e nem se importa com as pessoas e com a tradição que há nela, ou melhor, ele nem se percebe como parte integrante da ilha e dos seus habitantes. Além disso, ele menospreza os rituais tradicionais praticados por seus familiares.

Velha Miserinha: quem melhor descreve o quadro inicial da viagem e do cenário sombrio que permeia a ilha e seus moradores, todos metonimizados pela alegoria e vítimas, como o restante do país, da perda de identidade: "Já não vejo brancos nem pretos, tudo para mim são mulatos". O único resquício de cor associada à personagem e à ilha está no lenço de seda multicolorido usado por ela e que representa a última memória das diferentes colorações do mundo, que contrastam, no entanto, com a roupa surrada da personagem, com seu rosto vincado e, sobretudo, com suas retinas fatigadas pelo tempo, as quais vêem os homens acinzentados e marcados por um traço comum: a perda do desejo e da identidade.

Avó Dulcineusa: doce no nome para compensar a amargura da perda de parte da mão e dos dedos corroídos pela acidez do caju colhido nos tempos coloniais. Em momentos que alternam delírio e lucidez, Dulcineusa revela conflitos do homem diante da confluência de valores sociais, culturais e religiosos que lhe foram impostos ao longo dos anos.

7. Que significado tem o Rio nessa história? O rio divide a cidade da Ilha de Luar-do-Chão. Ele separa a modernidade das antiguidades e culturas africanas locais. Acidentes já ocorreram naquele rio. Ele carrega lembranças e tristezas.

8. A relação familiar é crucial ao enredo. Por quê? A história do livro gira em torno de uma relação familiar: na morte do avô, que não querem que enterrem vivo, na morte de parentescos, na traição de esposos e esposas, no conflito entre irmãos e pais, na boa relação entre filhos e pais, na relação entre tios, noras, sogras, netos etc.

9. Que tradições africanas são contadas?

10. Como a espiritualidade está presente na história? O velho avô, depois que morre, psicografa ao neto (que na verdade é seu filho), explicando a ele sobre sua família, sobre acontecimentos passados e sobre o que deverá fazer sobre sua morte e sobra a vida na ilha; os mais velhos também acreditam em uma passagem para o outro lado, que significa um novo nascimento.

11. Quais as características de Mia Couto?

12. Quais as relações dos nomes com os personagens? Mariano tem o mesmo nome do avô, e logo descobre que este é, na verdade, seu pai.

13. Qual o conflito central do protagonista? Seu avô entra em uma espécie de coma, e a maioria das pessoas pensa que ele está morto. Tenta impedir que enterrem o avô vivo, e, ao mesmo tempo, impede a cidade de ser tomada pelas pessoas ricas, impede que a casa deles seja tomada.

14. Que personagem secundário se destaca e por quê? O Avô Dito Mariano, pois ele é o morto em que a história gira ao redor; ele é o conflito principal.

15. Como a morte é encarada na história? Como uma passagem, como uma transição para outro mundo, como um novo nascimento.

16. Quais mitos há na narrativa? Que tem que banhar o defunto com óleo, para que consiga passar para o além; a casa recebe um nome, pois é importante e passada de geração a geração; o telhado de onde o morto descansa deve ser retirado, para que ele consiga atravessar o além etc.

17. Qual o desfecho? Marianinho descobre que quem manda as cartas a ele é seu avô falecido que psicografa e que, na verdade, este é seu pai; descobre a real versão das histórias da Ilha e, através da carta, sabe a hora de enterrar seu avô; com a verdade dita e o avô enterrado, a terra se abre, a chuva cai e a alegria volta à Ilha.

18. Que lições aprendemos?

19. Qual a imagem é formada do país africano em questão? Luar-do-Chão encontra-se num estado de abandono, decadência e miséria. Não se trata apenas de destroços materiais, mas do próprio tempo desmoronando.

20. De que modo o amar é mostrado/vivido no enredo?

Nenhum comentário:

Postar um comentário